domingo, 13 de março de 2011

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Sentei-me ao parapeito da janela, tentando observar a rua pelas frinchas da persiana, não era fácil quando as lágrimas encharcavam-me os olhos , pareciam até nem escorreguar e a minha cara devia ser o alto de temperatura,quando o corpo gelava-me a cada brisa da noite que se escapava pela janela semi-aberta. Negava qualquer hipótese de dormir sobre o assunto, estava tão magoada que nem sabia o que fazer, dormir não era de certo. As poucas mensagens que trocava já eram escritas automaticamente, sem qualquer erro ortográfico, disse tudo o que sentia sem um olhar nítido dirigido ao visor, pois eu já cá não estava, o meu rumo era outra dimensão, qual não sei. Não consigo descrever por palavras aquilo que senti naquele momento. Apenas tinha uma frase que a minha mãe diz algumas vezes : quem procura, acaba sempre por encontrar algo.
Foi um golpe tão baixo, fui tão sem nível e irracional que me magoei. O pior é que vi o que não queria ver, e vou sempre ter essa imagem em mim. Ridículo, ridículo, ridículo.
Aquilo que mais quero neste momento é ficar contigo para o resto da minha vida, ok , para ser sincera já o quero há bastante tempo. É incondicionalmente notório o sentimento que tenho por ti, acontecem cenas parvas e inquestionáveis, mas este mantêm-se. É tão translúcido que num simples olhar qualquer um vê o reflexo do desejo que guardo por ti, do quão forte ele é. Uma vez disseram-me que o destino nos quer juntos e que por qualquer que seja o tempo de ausencia entre nós, era "insignificante", pertencemos um ao outro e isso só uma "força maior" o pode mudar. Talvez acredite, embora com medo, acredito que o nossos destinos estejam apenas a pregar-nos uma partidas, umas lições, para que um dia, saibamos lidar com o ele, não tu com o meu, nem eu com o teu, mas sim nós com o nosso!

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