terça-feira, 28 de dezembro de 2010

old memories


"You know you miss your baby T
And I can see that you think about me
So why do you act like you don't care
Like all this love between us isn't there
I know that you're upset
I know I did you wrong
I know you want me to pay for all the pain I've caused
But in the end it all comes down to just one thing,

It's you and me"
Ana Tavares

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

algo estranho*


Ela estava com a amiga na escola, e as aulas eram sem duvida o que menos lhes apetecia, foram então vaguear pelos corredores da escola. Até porque o professor nem tinha chegado e a turma estava normalmente barulhenta. Já junto aos cacifos elas conversavam, sempre com aquela habitual cumplicidade. Rapazes, moda, cusquices, típica conversa que nunca se esgota. Mas algo chamou a atenção das raparigas, pois de repente o sossego do corredor tornara-se ensurdecedor , uma correria sem fim, parecia que de uma catástrofe se tratasse. Daquela confusão destaca-se uma funcionária, esta bastante querida a uma das meninas, que num ápice lhe diz "Tens de vir(...)ele foi atingido por um tiro, ele precisa de ti". O horror espalhou-se, e tão rápido agia como pensava em inúmeras coisas "Mas porquê é que ele está aqui? Porquê ele? E que vou eu fazer? Porquê eu?", a rapariga de tanta aflição, nem desceu as escadas mal o viu, ali agarrado ao braço alvejado e cheio de sangue, saltou o patamar, e aos tropeções chegou a ele, nem pensou mais em rancores, agarrou-o e o rapaz também não se ficou. Agarrava-a com força tal, que era impossível distinguir se era dor ou saudade. Nunca mais o largou, ensanguentada, o acompanhava para o local mais calmo onde se pudesse sem alarido, tratar dos primeiros socorros. Ele chorava de uma forma que nunca o viu chorar, estava de armas baixas, orgulho nem sequer existia. Abraçava-se a ela, beijava-a, parecia um pedido de desculpas e quem sabe talvez fosse, talvez estivesse surpreendido pela forma como ela o acolheu mesmo após intrigas do passado. O tratamento doloroso e demorado começara, ela agarrou a mão dele com força e disse-lhe"Aperta-me, faz o que quiseres, estou aqui contigo!". Apesar de sofrimento, dor, sangue, lágrimas, a rapariga sentia-se feliz, estava ali com ele, estavam juntos, e ele dependia tanto dela como ela dele, estavam precisamente ao mesmo nível.

Acordo, agarrada ao meu próprio braço este quase imóvel, olhei a minha volta, e percebi rapidamente que estava a sonhar, sonho no mínimo estranho, mas não passa exactamente disso, de um sonho invadido de memórias perdidas do passado que já nada pertencem ao presente, como disse apenas memórias...

sábado, 11 de dezembro de 2010

f*DASSE


Se há dias estúpidos, hoje é um deles, se há dias que quero e não quero, é hoje.
Estou cansada de ouvir as mesmas coisas, estou farta que me digam o que devo fazer em relação a isto ou aquilo. Estou estourada! Já não posso com opiniões, já não aguento comentários. Eu sou eu, tal e qual como exactamente sou e ajo. Não me julguem se faço as acções certas ou erradas, não me subestimem por aparências. Ou então façam-no, se realmente é algo inevitável, façam, estou-me nas tintas. Falo, falo e falo, tudo para quê?
Alguma vez entendem o que digo, o que cada um sente ? Não ..
Já vi e revi o que vivi, tal como se de uma matéria importante se tratasse, sei mais dela do que aparento, ou do que terceiros sabem, por isso se fazem o favor e de uma vez por todas, deixem-me em paz! Deixem-me respirar! Ajudar não é pressionar, nem tão pouco julgar. Erros todos os comentem , se sou uma perdedora, aprendo com derrotas, cresço com elas. Marcas de guerra, todos as temos, deixem-me sozinha, agora!

OBRIGADA