quinta-feira, 24 de março de 2011

sociedade mediucre

Calem-se! Por favor!
Já não posso ouvir estes relatos tristes que me entristecem e repugnam. Estou SATURADA de tanta podridão de pessoas que cada vez mais se genera, parecem mesmo multiplicar-se como se coelhos a parir. Dignidade? Já não se ouve palavra ou acto que a representem. Respeito? Perdeu-se. Estamos cheios de egoísmo, e mais egoísmo e para salientar EGOÍSMO.
Onde param os casais que se uniram por amor mutuo e desejo, amor que cega o que de resto é dispensável, aliás alheio, é NADA. Posso contar pelos dedos das minhas mãos as relações que vejo e noto amor, VERDADEIRO, (talvez me sobrem dedos). Hoje eles /as dão-se ao luxo de manter uma relação com uma pessoa á qual dizem que amam até ao fim, e coleccionam outras , estas a quem chamam de "comestíveis" ? TRISTEZA !
Ponto numero um e importante, NINGUÉM É COMESTÍVEL , a menos que se trate de uma relação de canibais. Em segundo e não menos importante , se realmente acham que se vive bem com experiências múltiplas , andar de "cama em cama" então , façam-no! Ninguém vos impede de serem feliz a vossa maneira, cada um sabe de si não é verdade? Pelo menos digo-o eu!Mas condeno-vos, critico e JULGO , a vossa forma ridícula de complicarem o que para vocês pode ser bastante simples! Se não estão bem apenas com uma pessoa , se precisam de mais , se dão valor a vossa vidinha de andar com varias pessoas , porque se prendem a uma ? OTÁRIOS! Não há lei que vos proíba de "comerem" quem querem, pois não? Vivam a vossa filosofia de merda em condições, sem que desfaçam a vida em merda de quem estupidamente vos ama *

p.s: peço desculpa , mas ainda não sou indiferente a estas tristezas , e revoltam-me
p.s2: texto não é dirigido a ninguém em especial , nem sobre mim , estou muito feliz, e foi apenas uma revolta! (:

quarta-feira, 23 de março de 2011

Paulo Geraldo



De súbito sabemos que é já tarde.

Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.

De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos. De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas. Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos. Dói. Dói tanto! E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.

Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?

Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem. Os jornais caem-nos das mãos. Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.

Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.

O tempo que nos resta é de aventura. E temos de andar depressa. Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.

E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda. E perguntar o caminho.

Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias.

E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.

Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.

Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas. Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem. De combate. Os nossos direitos, o conforto e a segurança? Deixem-nos rir… Já não caímos nisso! Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons. De complicar a vida. De dar até que comece a doer-nos.

E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo. Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.

Paulo Geraldo

LINDO, LINDO, LINDO !

domingo, 13 de março de 2011

(...)

Sentei-me ao parapeito da janela, tentando observar a rua pelas frinchas da persiana, não era fácil quando as lágrimas encharcavam-me os olhos , pareciam até nem escorreguar e a minha cara devia ser o alto de temperatura,quando o corpo gelava-me a cada brisa da noite que se escapava pela janela semi-aberta. Negava qualquer hipótese de dormir sobre o assunto, estava tão magoada que nem sabia o que fazer, dormir não era de certo. As poucas mensagens que trocava já eram escritas automaticamente, sem qualquer erro ortográfico, disse tudo o que sentia sem um olhar nítido dirigido ao visor, pois eu já cá não estava, o meu rumo era outra dimensão, qual não sei. Não consigo descrever por palavras aquilo que senti naquele momento. Apenas tinha uma frase que a minha mãe diz algumas vezes : quem procura, acaba sempre por encontrar algo.
Foi um golpe tão baixo, fui tão sem nível e irracional que me magoei. O pior é que vi o que não queria ver, e vou sempre ter essa imagem em mim. Ridículo, ridículo, ridículo.
Aquilo que mais quero neste momento é ficar contigo para o resto da minha vida, ok , para ser sincera já o quero há bastante tempo. É incondicionalmente notório o sentimento que tenho por ti, acontecem cenas parvas e inquestionáveis, mas este mantêm-se. É tão translúcido que num simples olhar qualquer um vê o reflexo do desejo que guardo por ti, do quão forte ele é. Uma vez disseram-me que o destino nos quer juntos e que por qualquer que seja o tempo de ausencia entre nós, era "insignificante", pertencemos um ao outro e isso só uma "força maior" o pode mudar. Talvez acredite, embora com medo, acredito que o nossos destinos estejam apenas a pregar-nos uma partidas, umas lições, para que um dia, saibamos lidar com o ele, não tu com o meu, nem eu com o teu, mas sim nós com o nosso!

terça-feira, 1 de março de 2011

Acredito!

Estranha sensação de raiva , se encarrega de me dar um nó no peito. Há certas imagens, que me chateiam, por vezes até mesmo o som que ouço ou penso ouvir me repugna. Mete-me N-O-J-O!
Não estou nos melhores dias, porém não são piores. O que acontece é que me sinto cansada, desmotivada, frustrada, gozada, massacrada, (...) Estou farta de ser o que tenho sido, todos esperam mais do que aquilo que lhes posso dar. É triste , inútil, por vezes sinto-me na maior estupidez. Lamento então a muitos o quão irritante posso estar a ser, ou diria insignificante? Talvez me torne uma desilusão. Se querem encontrar alguém que corresponde a todos os objectivos, alguém que me supere, então eu digo, acredito. Acredito que encontrem essa pessoa, porém duvido que seja melhor que eu a ser quem sou. Por tudo o que se passou ou venha a passar, por todos os erros ou defeitos que tive, tenho ou venha a ter, eu acredito! Sim eu acredito que ninguém poder ser quem sou melhor que eu, e sei que quando tudo acalmar, vou-me orgulhar imenso daquilo que sou. Acredito!