sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Coisas, de nada, que valem de tudo !

Sentes ? Mantêm-te atento, e sente o ritmo que trazes no teu pulso. Cada segundo , cada olhar que entregas a esse relógio comum e sem sentido, não te faz ver as coisas de forma diferente ? Não consegues dar sentido a esse acessório, dar valor para além do que ele possa ter materialmente.
Se calhar somos mesmo diferentes. Pois eu continuo a correr a porta do roupeiro para o observar. Não se trata de um relógio, não se trata de nada em especial, já sei que não, é apenas um casaco. Um casaco de carapuço quente, de pêlo no interior. E quando o visto, oh quando o visto é contagiante o conforto, a vontade de ter algo mais que uma peça de roupa que foi (ou é) tua. Eu acho que o amor vai além do que nos habituamos a julgar que ele vai. É verdade, basta um simples olhar sobre ele, ou um gesto suave sobre o tecido quente, o pêlo macio. São simplicidades rotineiras que me fazem sonhar, acreditar e amar.

P.s:Impressionante é que mal acabo de escrever e reler este texto, a minha atenção foi desviada até ao roupeiro onde a minha gata de nome Mel, tentava abrir sorrateiramente a porta onde o casaco se encontra. Foi inevitável. Quando lá cheguei, tinha entrado por uma pequena frincha , não lhe dei tempo a abrir mais a porta. Tive de olhar para ele, tive de o sentir...
Enfim, tenho saudades nossas.

2 comentários:

  1. É a simplicidade que nos faz mais feliz. Afinal as melhores coisas da vida são gratuitas!

    E esse teu jeito de escrever é lindíssimo.

    Adorei até à última palavra.

    (O P.S é realmente impressionante)

    Beijinho *

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  2. Eu sei bem o que estás a sentir; também estou assim neste preciso momento.

    Mas a dor... essa só cada um sabe como dói.

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