sábado, 22 de janeiro de 2011

Devo dar-te a mão ?


Ás vezes penso, e sozinha, pergunto-me: Devo dar-te a mão? E caminhar a teu lado, como dois adolescentes apaixonados? Caminhos e passeios, fazemos até casa. Junto ao rio, a beira mar, por jardins e parques. Assim chegamos a casa não importa qual delas, na tua ou na minha, estamos juntos, só isso importa. Subimos os degraus, e já comigo ao colo, tratas-me como uma princesa, nos teus braços agarras-me beijas-me o corpo e amas-me na cama. Perdi a minha cabeça de tanto te amar. Dormir no teu aconchego também é algo que seria de não esquecer. Sabes que esse teu jeito, tem aquele toque, que me completa; o teu cheiro perfumado de um doce aroma, me acalma e tranquiliza. Contigo mesmo nos corredores frios e sombrios da escola sentia a luz e o calor do nosso amor. Éramos opostos tal como frio e quente, mesmo assim deliciavamos qualquer um, só de contemplar a nossa cumplicidade. E agora, responde-me , posso dar-te a mão ? E agarra-la-ias, com toda a força de um amor que já existiu, ou gradualmente passaríamos apenas a andar lado a lado e quem sabe deixar-me-ias para trás com esse teu andar apressado?
Amar-me-ias como o já o fizeste, nos teus braços? Ou apenas friamente me davas um beijo de boa noite e para o outro lado te viravas? Será que a nossa cumplicidade seria a mesma, será que alguém repararia que a tinhamos ou já tivemos? Será que aqueles corredores se recordariam da luz e calor que o nosso amor os preencheu? (...)
Enfim, por fim e mais uma vez pergunto: devo-te dar a mão ?

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